Hoje é 24 de outubro. Hoje é dia de assoprar as velhinhas. Afinal, não se faz 353 anos todos os dias, não é mesmo?! Mas você sabe o porquê do aniversário de Manaus ser comemorado especialmente neste dia?
Em 24 de outubro de 1848, a vila de Manáos foi elevada à categoria de município. Por isso, esta foi a data escolhida para as comemorações. Todavia, a origem da cidade é ainda mais antiga: 1669.
Foi neste ano que “nasceu” o forte de São José do Rio Negro, que daria início ao núcleo urbano. Construído pelos portugueses, o forte tinha como função combater as investidas espanholas no território amazônico.
O nome da cidade, porém, deve-se às raízes indígenas dos “manaós” que viviam por ali. Manaus cresceria com a demanda mundial pela borracha, tanto que a riqueza obtida com a extração e exportação do látex deixou marcas arquitetônicas como palacetes, além do simbólico Teatro Amazonas.
A cultura é rica, a gastronomia é deliciosa e o povo é acolhedor. Diante disso, a NewMD vem por meio desta desestigmatizar teorias preconceituosas sobre a Paris dos Trópicos - a analogia é motivada pelos tempos áureos da borracha e sua consequente riqueza no século 19.
“Manaus só tem mato”
Quantas vezes ouvimos que Manaus “só tem mato”? Que todos os manauaras são índios e que dividem as ruas com onças e jacarés? Antes de tudo, é preciso deixar claro: os indígenas representam o povo originário do Brasil. Portanto, qualquer comparação deste naipe é motivo de orgulho, e não de chacota.
Da mesma forma, a teoria de que “só tem mato” retrata que a maior parte do nosso estado pertence à Floresta Amazônica. É maravilhoso ser reconhecido mundialmente como o “pulmão do mundo”. Do mesmo modo, é uma honra abrigar o rio mais extenso do planeta Terra.
Por outro lado, o que torna tudo ainda mais cativante é o equilíbrio entre a natureza e a modernidade. Com uma população estimada de quase 2,3 milhões de pessoas, Manaus é a sétima cidade mais populosa do Brasil. É gente no balde. Ou melhor: até o tucupi.
Pioneirismo
Por conta do ciclo da borracha, Manaus foi a primeira cidade brasileira a ser urbanizada e a segunda a receber energia elétrica - a primeira foi Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro.
A capital amazonense também inaugurou a primeira universidade do Brasil: a UFAM, no longevo ano de 1909. Ah, sabe aquele piso ondulado e internacionalmente conhecido em Copacabana, no Rio de Janeiro? Então…
Historiadores garantem que o bairro se inspirou no calçamento da praça São Sebastião, no centro manauara. O projeto foi entregue em 1901, exatos dois anos após ter sido publicado no diário oficial de 29 de outubro de 1899. A “moda” chegou na capital carioca apenas em 1922.
Vai um x-caboquinho aí?!
“Quem come Jaraqui, não sai mais daqui”. Chega a ser apelativo citar a gastronomia nortista neste texto, mas é impossível não elencar uma das principais qualidades da cidade.
E nem precisa gostar de Jaraqui para babar, baby. Tem peixe de rio para dar e vender: Tucunaré, Pirarucu e, o melhor de todos (isso aqui não é uma democracia), o TAMBAQUI.
É necessário citar o tucumã? Não nada e nem é invertebrado, mas é o protagonista do x-caboquinho. O sanduíche amazônico foi registrado como patrimônio cultural e imaterial da cidade em 2019. Não é à toa…
Zona Franca
Em 1967, Manaus era uma cidade de 300 mil habitantes. Até a implantação da Zona Franca, um programa de desenvolvimento regional voltado para a consolidação de atividades produtivas em uma região tida como remota da perspectiva do mercado consumidor brasileiro.
A Zona Franca visa viabilizar uma base econômica na região amazônica, além de promover a melhor integração produtiva e social dessa região ao país. Ela é administrada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e abriga atualmente cerca de 600 indústrias.
Encontro das águas
Diante da imensidão da maior floresta tropical do mundo, um milagre da natureza parece ter sido esculpido de forma especial: o encontro das águas dos rios Negro e Solimões, um dos mais importantes patrimônios locais.
Em linhas gerais, é um fenômeno que ocorre quando a água escura do Rio Negro e a água barrenta do Rio Solimões se encontram, sem se misturar, e correm juntas por mais de seis quilômetros. Quando finalmente se unem, surge o Rio Amazonas.
Manaus, como a vida descrita por Vinícius de Moraes, é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro por Manaus. A NewMD se orgulha em fazer parte dessa história!